Mulheres na Fórmula 1: Conheça as pilotos que fizeram história
Os amantes da Fórmula 1 conhecem muito bem os recordes de Lewis Hamilton e Michael Schumacher, a rivalidade de Ayrton Senna e Nelson Piquet, as histórias de Alain Prost e Nigel Mansell. Mas quantos fãs sabem que já houve mulheres em competição na Fórmula 1?
Claro que é fácil para o brasileiro que gosta da Fórmula 1 conhecer Emerson Fittipaldi, Rubens Barrichello e Felipe Massa. Ou o britânico Damon Hill, que foi campeão da F1 em 1996. Curiosamente, ele chegou na Fórmula 1 substituindo uma mulher.
Nesse ano de 1992, a italiana Giovanna Amati era piloto da Brabham, uma equipe em sérias dificuldades. Cedendo a vaga a Damon Hill, ela acabou sendo a última mulher a competir oficialmente na Fórmula 1.
É assim importante recordar o contributo feminino para esse esporte sempre associado aos homens. Vamos falar das 5 mulheres que competiram na Fórmula 1 e várias outras que já garantiram seus lugares na história da modalidade.
Giovanna Amati
Comecemos pelo fim, pois já referimos que Giovanna Amati foi a última mulher competindo na F1. A italiana se mostrou no Campeonato de F3 de seu país e em 1992 assinou contrato com a Brabham, se estreando na Fórmula 1. Giovanna Amati correu nos GP de África do Sul, México e Brasil, não conseguindo sequer se qualificar.
E cedeu a vaga a Damon Hill antes da quarta corrida desse ano, o Grande Prêmio de Espanha. A partir desse momento, Giovanna Amati passou a competir em categorias de turismo.
Desiré Wilson
Desiré Wilson participou no Campeonato de Fórmula 1 de 1980, mas não conseguiu classificar o seu Williams para o GP da Grã-Bretanha.
Foi a única participação da piloto sul-africana no Mundial de F1, mas Desiré Wilson conseguiu um registro histórico na modalidade. Ela é a única mulher a vencer uma corrida com um carro de Fórmula 1.
Nesse mesmo ano de 1980, Desiré Wilson venceu a corrida de Brands Hatch pela curta série da Fórmula 1 Britânica, uma competição disputada com carros de F1, mas que valia pontos para o Campeonato Mundial.
Filha de um campeão sul-africano de motociclismo, Desiré Wilson competiu em outras grandes competições dos esportes automotivos, como as 500 Milhas de Indianápolis e a Fórmula Indy.
Divina Galica
A terceira mulher competindo oficialmente na Fórmula 1 foi Divina Galica. A piloto britânica participou em três corridas, uma em 1976 e duas em 1978, mas nunca conseguiu tempo para se classificar o seu Hesketh.
Divina Galica merece especial destaque porque além de competir na Fórmula 1 foi atleta olímpica. Ela representou a Grã Bretanha nas provas de esqui dos Jogos Olímpicos de Innsbruck 1964, Grenoble 1968, Sapporo-1972 e Albertville 1992.
Além da Fórmula 1, Dinica Galica participou em corridas de Fórmula Renault, Fórmula Vauxhall Lotus e Fórmula 2.
Lella Lombardi
E nessa viagem chegamos a Lella Lombardi, a única mulher que conseguiu marcar ponto na Fórmula 1, fixando seu lugar na história desse esporte.
Após várias participações em categorias de turismo e corridas de circuito, incluindo o 3º lugar no Campeonato Italiano de Fórmula Ford de 1970, Lella Lombardi se estreou na Fórmula 1 em 1974, no GP da Grã Bretanha.
Em 1975, Lella Lombardi competiu em 12 das 14 provas da temporada de F1, pela equipe Brabham. E foi no GP de Espanha desse ano que a italiana terminou no 6º lugar, a melhor colocação de uma mulher na Fórmula 1. Com a conquista de meio ponto nessa corrida, ela se tornou na única mulher a pontuar na Fórmula 1.
No ano seguinte, não conseguiu qualquer classificação, mas voltou a fazer história na Fórmula 1. Aconteceu no GP da Grã Bretanha, a única prova da F1 com 2 mulheres inscritas: Lella Lombardi e Divina Galica.
Maria Teresa de Filippis
Quem abriu caminho para as mulheres na Fórmula 1 foi Maria Teresa de Filippis. Ela surpreendeu o mundo em 1958 ao se estrear na F1, pela Maserati.
Nesse ano, a piloto italiana competiu em 5 GP e conseguiu classificação em 3 deles. No GP da Bélgica, a sua segunda corrida na F1, Maria Teresa de Filippis terminou na 10.ª colocação.
A pioneira das mulheres na Fórmula 1 não conseguiu fazer mais no esporte porque foi proibida de competir. A razão? Era mulher. “Uma jovem tão bonita não deveria usar nenhum capacete a não ser o secador do cabelo”, disse o diretor de provas da F1, Toto Roche, quando Maria Teresa de Filippis foi proibida de participar no GP da França de 1958.
A situação atual
Desde 1992 que não tem uma mulher competindo oficialmente na Fórmula 1, mas o panorama pode mudar em qualquer instante.
Nos anos recentes, muitas equipes de F1 tem apostado em mulheres na profissão como pilotos de teste. Tatiana Calderón na Alfa Romeo ou Jamie Chadwick na Williams, por exemplo.
Talvez em breve também o apostador possa lucrar com a participação das mulheres na f1. As casas de apostas do Brasil apresentam diversas opções para as apostas em Fórmula 1, incluindo se um piloto vai ou não se classificar para um GP.
Afinal, tem poucos anos que Susie Wolff esteve para competir pela Williams, e Simona de Silvestro pela Sauber.
Só 5 mulheres participaram oficialmente em corridas da Fórmula 1, mas tudo aponta para que esse número possa aumentar em poucos anos.