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Queda de Cabelo: Quando devo começar a me preocupar?

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A especialista Fernanda Nichelle explica causas e orienta sobre o assunto queda de cabelo

Se você notou uma perda maior de fios, acha que seu cabelo cai excessivamente após ter sofrida com a Covid19 essa matéria te ajudará, continue lendo para saber mais!

Para falar do assunto com propriedade, entrevistamos a Dra. Fernanda Nichelle, médica que atua exclusivamente na área estética, dona da Clínica Fernanda Nichelle, em Porto Alegre. É pós-Graduada em Dermatologia Estética Avançada, atualizações na Universidade de Harvard e Universidade de Michigan, ambas nos EUA. Também é membro da ‘International Society of Dermatology’ e ‘European Academy of Dermatology and Venereology’.

“Com a pandemia, vi aumentar no consultório as queixas devido à queda de cabelo. Perder fios é normal, faz parte do ciclo de crescimento do nosso cabelo. Estima-se que, diariamente, nós percamos aproximadamente 100 fios. Esse número pode oscilar de acordo com alguns fatores que interferem no ambiente e no organismo, mas é natural.”

– diz especialista.

Segundo Nichelle, se você percebe que seu cabelo tem caído demais, por mais de 60 dias, fique atenta. Nesse caso, o ideal é procurar um especialista para investigar o que pode estar causando o problema. Uma dica dada pela médica, para identificar a queda de cabelo é lavar os fios todos os dias, pois além de ajudar a manter o couro cabeludo saudável, esse hábito permite identificar a quantidade de fios que está caindo da cabeça.

“Uma das principais causas da queda de cabelo, muito comum durante o período de pandemia, e agora de readaptação a vida normal, é o estresse. Ele eleva um hormônio chamado cortisol, que induz a fase telógena dos fios, resultando na queda de cabelo. O estresse não está ligado somente ao nervosismo. Apenas o fato de estar fora da rotina já representa estresse para o organismo.” – explica Fernanda.

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Vale lembrar que existem outras causas para essa perda de fios, que precisam ser investigadas. A saúde do couro cabeludo e a quantidade de vitaminas no nosso corpo interfere nessa questão. Além disso, podemos citar doenças metabólicas, distúrbios da tireóide, doenças hereditárias e a própria genética do organismo afetam o cabelo. Por isso é importante a investigação médica, para identificar o problema e fazer o tratamento da forma adequada para cada um.

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Uma curiosidade é que mulheres no período pós-parto podem sim sofrer com maior queda dos fios. Isso ocorre em detrimento do Eflúvio Telógeno Agudo, que, algumas vezes, leva à perda de cerca de 600 fios diariamente. Mas, afinal de contas, o eflúvio telógeno leva à calvície? A resposta é não. Embora haja uma queda acentuada dos fios, não há risco de rarefação.

Vale a pena entender como é o ciclo de vida de um fio de cabelo: a fase anágena corresponde ao nascimento e crescimento; na catágena o fio já atingiu, a fase adulta; e a fase telógena é a da queda. Todos os fios passam por essas etapas – mas em momentos diferentes. No eflúvio telógeno é como se mais fios chegassem, juntos, ao “fim da vida”.

O Eflúvio Agudo, geralmente, cessa sozinho e dura menos de seis meses. Ele também ocorre em outros eventos pontuais, como estresse, dietas muito restritivas ou uma cirurgia bariátrica, por exemplo, podem fazer o cabelo cair mais do que o normal, por desequilibrar o organismo.

Em contrapartida, a queda acentuada durante mais de seis meses pode indicar eflúvio telógeno crônico, tornando-se necessário investigar mais a fundo a razão. Pode ser, por exemplo, uma doença autoimune, anemia ou desnutrição, condições que precisam ser tratadas ou controladas por profissionais capacitados.

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Tratamentos para queda de cabelo

Em geral, de acordo com Fernanda Nichelle, “os tratamentos variam de acordo com o problema que está causando a queda de cabelo. Pode ser necessário, por exemplo, uma suplementação de vitaminas, uma regulagem hormonal, ou mesmo um tratamento específico para uma doença que esteja atingindo o couro cabeludo.

Além desses tratamentos, há procedimentos realizados no consultório médico que estimulam o crescimento capilar. Entre eles, podemos citar a Intradermoterapia com drug delivery, ou seja, a aplicação de ativos direto no couro cabeludo; e também o tratamento por LED, com fotoestimulação do folículo capilar.”

Se você está sofrendo com a queda de cabelo, é de suma importância que consulte um médico especialista, afinal, existem doenças autoimunes que geram a perda dos fios. 

Fernanda fala sobre mitos e fatos sobre a queda de cabelo:

Lavar diariamente o cabelo faz cair mais fios?

MITO! Muito pelo contrário, se deixar o cabelo sujo por muito tempo, ocorre o aumento da oleosidade e ela sim, aumenta a queda. A higiene não estimula a queda, apenas remove os cabelos que já caíram.”

Usar água quente na higienização dos fios faz mal?

VERDADE! Uma dica que eu sempre dou é, evitar a água muito quente, porque ela também pode aumentar a oleosidade e, consequentemente a queda do cabelo. O ideal tanto para o coro cabeludo, quanto para os fios é que a água seja amornada.”

Imagem de Martin Slavoljubovski por Pixabay 

Burguesinhas

Um blog dedicado 100% para o universo feminino. Dicas, estilos e dúvidas para que você tenha mantenha sempre a autoestima lá em cima!